Neste domingo (10), já tem exatos dez dias que os postos de gasolina vendem o diesel comum com 14% de biodiesel, uma alternativa aos combustíveis derivados do petróleo, feito a partir de biomassa, (matéria orgânica de origem vegetal ou animal).
O aumento do uso de biodiesel envolve fatores como impacto no preço, desempenho dos carros e meio ambiente em razão da emissão de gases menos poluentes. Inclusive desde setembro de 2023, tramita no Congresso o projeto de lei (PL) “Combustível do Futuro”, do governo federal.
Em fevereiro passado, o projeto de lei ganhou uma nova redação: aumentando o percentual de adição gradual do biodiesel de 20% para 25%. O texto foi bem recebido pelo setor. Milton Steagall é o CEO do Grupo BBF (Brasil Biofuels), e afirma que o planejamento definido pelo governo, de adição gradual, e as diretrizes do pl “Combustível do Futuro” estão adequados à realidade brasileira a curto e a longo prazos.
“Eles (o planejamento e o projeto de lei) dão previsibilidade para o setor se preparar com antecedência no desenvolvimento de processos mais eficientes, na origem de matéria-prima e na busca por preços mais competitivos, para assim atender as demandas de mercado”, ressalta o executivo da BBF.
Na avaliação de Steagall, “a tendência é de que tenhamos custos mais competitivos no mercado, por conta do aumento do volume e maior competitividade no setor. Além disso, a maior adição de biodiesel na mistura vai diminuir a necessidade de importação do diesel fóssil, visto que antes do B14, o Brasil tinha a necessidade de importar cerca de 20% do diesel consumido”.
Ele explicou que a BBF é uma das fornecedoras da mistura anunciada atualmente. O Grupo, desde 2009, produz biodiesel feito a partir de óleo de palma na usina mantida em Ji-Paraná, no estado de Rondônia. “Fornecemos biodiesel para distribuidoras de combustíveis, que por sua vez realizam a adição na mistura com diesel fóssil”, informou Milton.
Sobre o desempenho do biodiesel, o executivo da BBF garante que próximo ao do diesel fóssil. “Posso citar o exemplo de nossas usinas termelétricas que operam com 100% de biodiesel nos motores geradores, mantendo a mesma performance. Do ponto de vista ambiental o ganho é imenso: o biodiesel é um biocombustível renovável e biodegradável”, disse.
“O biodiesel não contém enxofre, não emite substâncias cancerígenas e evita a emissão de carbono, e tem papel fundamental na transição energética de diversos setores como de logística, agrícola, geração de energia, entre outros”.
Milton Steagall explica que o biodiesel é o produto final de uma ampla cadeia de valor. “Ele impacta positivamente diversos setores da economia e gera desenvolvimento em diversas regiões do Brasil. No caso do Grupo BBF, nossa matéria-prima é o óleo de palma, produzido de forma sustentável no Pará e Roraima”.
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