Com uma capacidade de produzir cerca de 186 bilhões de litros de óleo de palma por ano, a Amazônia brasileira detém a energia do futuro, com alto potencial para a produção de combustíveis avançados. A avaliação é do CEO do Grupo BBF (Brasil BioFuels), Milton Steagall.
O Grupo BBF é uma empresa brasileira fundada em 2008, e, atualmente, a maior produtora de óleo de palma da América Latina. A empresa tem operações nos estados do Pará, Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.
“A partir do óleo de palma é possível falar de bioeconomia dentro dos setores elétrico, químico e de biocombustíveis, além do agronegócio. A região (amazônica) tem um verdadeiro pré-sal verde”, afirma Milton Steagall.
De acordo com o CEO do Grupo BBF, a palma é um exemplo de cultura que alia a recuperação do bioma, a substituição de matérias-primas fósseis por renováveis, além da geração de emprego e renda para a população local.
A BBF destaca que, segundo pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil tem condição de cultivar a palma de forma sustentável, em cerca de 31 milhões de hectares de áreas degradadas na região amazônica.
A legislação brasileira para o cultivo da palma conta com o decreto 7.172/2010, e é considerada rígida por permitir o cultivo da palma apenas em áreas que foram desmatadas na região amazônica até dezembro de 2007.
“Apesar de seu cultivo ser permitido em toda essa área, sem derrubar uma árvore sequer de floresta, hoje, a palma é plantada em apenas 300 mil hectares no Brasil, sendo 75 mil hectares deles do Grupo BBF’, diz o executivo.
Ela acrescenta: ‘a conta deste ‘pré-sal verde’ sustentável traz ainda números gigantescos para a economia brasileira: cada hectare é capaz de gerar até 6 mil litros de óleo de palma. 6 mil litros vezes 31 milhões de hectares dá ao Brasil a oportunidade de produzir 186 bilhões de litros de óleo de palma por ano. Número superior ao volume de petróleo extraído pela Petrobras em 2022, com cerca de 175 bilhões de litros”.
Atualmente, a produção brasileira de óleo de palma ainda é tímida, colocando o país na décima posição do ranking de maiores produtores, segundo o United States Department of Agriculture (USDA). A produção desse óleo, que é o mais consumido no mundo, é concentrada na Indonésia, Malásia e Tailândia, países que detém 87% da produção mundial, estimada em cerca de 80 milhões de toneladas por ano.
O Grupo BBF informa que a partir de 2026 iniciará o fornecimento de SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e Diesel Verde (RD). A matéria-prima para os biocombustíveis avançados será o óleo de palma cultivado pela empresa na região Amazônica.
O refino dessa produção será feito na primeira biorrefinaria do país a produzir os inéditos biocombustíveis em escala industrial. A projeção é de cerca de 500 milhões de litros por ano de SAF e Diesel Verde.
O Grupo BBF também gera energia elétrica limpa e renovável para mais de 140 mil moradores de localidades isoladas da Amazônia, atendidos pelos Sistemas Isolados, com 25 usinas termelétricas em operação, movidas por biocombustíveis produzidos a partir do óleo de palma.
O Grupo BBF (Brasil BioFuels) é pioneiro na criação de soluções sustentáveis para a geração de energia renovável nos sistemas isolados, com usinas termelétricas movidas a biocombustíveis produzidos na região. Ele detém um modelo de negócio integrado em que atua do início ao fim da cadeia de valor, do cultivo sustentável da palma de óleo, extração do óleo bruto, produção de biocombustíveis, biotecnologia e geração de energia renovável – com ativos totalizando cerca de R$ 2,2 bilhões e atividades gerando cerca de 6 mil empregos diretos na região Norte do Brasil.
Confira na íntegra em: https://www.oliberal.com/economia/a-amazonia-brasileira-detem-a-energia-do-futuro-dizmilton-steagall-ceo-do-grupo-bbf-1.785620