O Grupo Brasil BioFuels (BBF), que atua no agronegócio sustentável desde o cultivo da palma de óleo, biotecnologia, produção de biocombustíveis e geração de energia renovável, prevê crescer 36% neste ano, quando completa 15 anos de fundação. A expectativa é que a companhia, que tem ativos no Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, fature R$ 1,5 bilhão até dezembro, informa a companhia, em comunicado.
A companhia teve um salto de crescimento em 2020 com a aquisição da Biopalma, subsidiária da Vale, no Pará, expandindo em 60 mil hectares sua área de cultivo de palma de óleo e operando mais duas indústrias produtoras de óleo de palma. “Nossos negócios são ativos de longo prazo e reforçam nosso compromisso com as melhores práticas ambientais, sociais e de governança. Em 2022 nosso faturamento foi de R$ 1,1 bilhão. Agora, projetamos para 2023 um crescimento de pelo menos 36% a mais, chegando a R$ 1,5 bilhão até o final do ano”, disse na nota o CEO do Grupo BBF, Milton Steagall.
Atualmente, o Grupo BBF tem cerca de 75 mil hectares cultivados com a palma de óleo nos Estados do Pará e Roraima. Por ano, mais de 200 mil toneladas de óleo de palma são produzidas pela companhia, que mantém um modelo de negócio verticalizado, em que é possível atuar desde o plantio da palma de óleo, produção de biocombustíveis, biotecnologia e energia elétrica renovável. A Companhia proporciona cerca de 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos, além de incentivar mais de 400 agricultores familiares no Estado do Pará.
Já no setor de energia, o Grupo BBF tem em seu portfólio 38 usinas termelétricas com capacidade total de geração de 238 MW, atendendo localidades isoladas na região Norte. São 25 usinas em operação com 86,8 MW de capacidade de geração de energia e outras 13 em implementação. Todas elas operam com combustíveis renováveis: biocombustíveis (biodiesel e óleo vegetal) e biomassa oriunda da palma de óleo. A Companhia gera energia renovável para distribuidoras locais, atendendo mais de 140 mil clientes, retirando cerca de 106 milhões de litros de diesel fóssil da Amazônia, além de reduzir a emissão em cerca de 250 mil toneladas de carbono equivalente na atmosfera amazônica.
No último ano, a empresa atingiu grau de investimento pela Fitch Ratings com perspectivas positivas para o longo prazo. Ao todo, o Grupo BBF tem perto de R$ 2,1 bilhões investidos em ativos sustentáveis.
A companhia anunciou neste ano a expansão do seu portfólio de produtos. Com investimentos de R$ 33 milhões, a BBF BioTech, unidade de negócios voltada à biotecnologia, iniciou operação em Rondônia para produção de insumos renováveis a partir do óleo de palma e palmiste, para atender diversas indústrias dos segmentos agrícola, cosméticos, alimentícios, limpeza e farmacêuticos. Ao todo, a planta tem capacidade de produzir mais de 3 mil toneladas por mês de insumos renováveis que visam substituir produtos petroquímicos.
A expectativa é que ainda este ano, uma nova unidade da BBF BioTech comece a operar, desta vez em Manaus. Os investimentos na segunda planta, que dobrará a capacidade produtiva, devem chegar a R$ 90 milhões.
Previsto para o fim de 2025, o Grupo BBF iniciará a produção dos inéditos Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e do Diesel Verde, também conhecido como Óleo Vegetal Hidrotratado (HVO). A matéria prima para os biocombustíveis será o óleo de palma produzido pela BBF no interior de Roraima. Já o refino será feito em uma planta em construção na Zona Franca de Manaus (AM). A nova planta será a primeira biorrefinaria do País a produzir os inéditos biocombustíveis em escala industrial. A expectativa é que sejam investidos mais de R$ 2 bilhões na nova planta. Inicialmente, será possível produzir 500 milhões de litros anualmente dos inéditos biocombustíveis HVO e SAF.