Roraima, Estado brasileiro localizado na região Norte do país, abriga o ponto mais setentrional do território nacional, o monte Caburaí. Inserido no bioma Amazônia, tanto sua cobertura vegetal quanto o clima apresentam variações de uma área do estado para a outra, diferenciando-se principalmente entre oeste e leste. Roraima é o Estado menos populoso e menos povoado do Brasil. A Brasil BioFuels – BBF é uma das principais empresas geradoras de emprego no local, oferecendo soluções energéticas, ambientais e sustentáveis, valorizando as pessoas e a cultura local e contribuindo com o desenvolvimento do Estado.
A BBF está presente em cinco Estados da região Norte, atuando com um modelo de negócio verticalizado, que começa no cultivo sustentável da palma de óleo, recuperando áreas degradadas e ajudando a descarbonizar a Amazônia; passa pelo desenvolvimento de biocombustíveis, apresentando uma opção mais sustentável para a população; até o setor de energia renovável, contribuindo para a transição energética e oferecendo uma energia limpa e mais barata para a região. Hoje, a empresa está presente no Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima — e é para esse último Estado que se destinam uma série de novidades e projetos do grupo para este ano. Foi em Roraima que a empresa começou suas operações, em 2008, e mantém ali até hoje sua sede. No Estado, são mais de 15 mil hectares de palma de óleo plantados, uma usina termelétrica híbrida com capacidade de atender 31 mil moradores do Estado.
Na reta final do ano passado, a BBF inaugurou uma usina híbrida de energia em São João da Baliza (RR). A usina tem capacidade instalada de 17,9 MW, dividida em duas unidades geradoras, e envolveu um investimento de R$ 166 milhões. Além disso, é a primeira do país a combinar o óleo vegetal e a biomassa. Os
insumos são obtidos a partir do processamento do óleo de palma. “Com essa nova usina termelétrica, teremos o ciclo completo em nossa operação: plantamos, colhemos, esmagamos o fruto, produzimos biocombustíveis e geramos energia elétrica e, a partir de agora, vamos transformar a biomassa resultante em energia e eliminar, de forma adequada e produtiva, parte dos resíduos da nossa operação. É um modelo completamente sustentável”, comenta Milton Steagall, CEO do Grupo BBF.
A viabilização dessa usina teve início em 2019, quando o governo realizou o primeiro leilão de energia dos sistemas isolados para suprir a energia da capital Boa Vista e seu entorno — o local era o único ainda não interligado ao sistema elétrico brasileiro. Anteriormente, parte do fornecimento era via importação de energia de uma hidrelétrica da Venezuela, complementada com a geração de termelétricas movidas a óleo diesel — que são bastante poluentes e, além disso, envolvem um alto custo de combustível e implicam em riscos para a segurança energética. A nova opção é mais limpa, barata, sustentável e segura.
A nova usina híbrida da BBF vai evitar a queima de cerca de 43 milhões de litros de combustível fóssil por ano na região amazônica. A substituição do diesel fóssil poupará a população e o meio ambiente da emissão de cerca de 99 mil toneladas de carbono anualmente na atmosfera. Além disso, é importante ressaltar que, uma vez que a BBF concentra tantas atividades, isso acarreta em uma robusta geração de empregos no Estado.
A produção de etanol de milho para a região Norte está na lista de projetos no horizonte da BBF, que lidera uma iniciativa pioneira nesse meio. A expectativa é produzir mais de 300 milhões de litros anualmente, e o lançamento oficial está previsto para 2024. Atualmente, a empresa está em licenciamento ambiental com duas plantas — uma em Rondônia e outra justamente em Roraima. “Estou bastante animado com o projeto integrado que temos em Roraima, onde já estamos operando uma termelétrica híbrida movida biomassa e óleo vegetal, ambos oriundos da palma de óleo”, detalha Steagall.
“Em Roraima, 90% dos veículos licenciados são flex. Ou seja, existe um grande mercado doméstico para o etanol, mas hoje, para o produto chegar lá, ainda é muito caro. Produzir lá irá baratear muito o custo desse etanol para a população, além de ser uma opção mais sustentável. E o trabalho com o milho não tem desperdício — ele é aproveitado de forma integral”, acrescentou.
A BBF tem uma ousada meta de ampliar de forma significativa o cultivo de palma de óleo no Norte do país, especialmente em Roraima. “Em 2022, plantamos 10 mil hectares. Para 2023, a meta é 20 mil. Queremos manter esse ritmo, que é um módulo bastante agressivo. Nosso trabalho é recuperar a Floresta Amazônica, que foi degradada no passado, em uma área novamente produtiva, com um processo que é limpo e sustentável”, explica o CEO. “Temos que mudar essa mentalidade comum de que, onde o homem está, tem destruição. Não é assim. A união entre o homem e a natureza é virtuosa e inexorável para que ela permaneça para a eternidade. O que nós fazemos é trazer as soluções para os problemas que surgem”, pontua.
O cultivo da palma apresenta um balanço positivo em termos de emissões de carbono e gera empregos no campo, já que tanto o plantio como a colheita não podem ser mecanizados e fixam o homem no campo. É um auxílio direto ao bioma amazônico. Com os 75 mil hectares de palma de óleo cultivados na região Amazônica, a BBF captura mais de 463 mil toneladas de carbono atualmente. Outro dado interessante é a retirada de mais de 106 milhões de litros de diesel fóssil por ano, uma vez que a energia elétrica gerada pela BBF é produzida a partir de biocombustíveis de óleo de palma — que é totalmente natural — em substituição ao diesel fóssil, altamente poluente.
Outro projeto que já está no radar envolve o desenvolvimento dos inéditos biocombustíveis Diesel Verde (HVO) e Combustível Sustentável de Aviação (SAF) — o processo de expansão agrícola em Roraima está diretamente ligado às plantas para dar o start no negócio. O lançamento está previsto para o final de 2025, mas o trabalho “de bastidores” já está acontecendo. Há em curso um processo de expansão agrícola em Roraima para as plantas de HVO e SAF – com um plantio adicional de 100 mil hectares de palma de óleo. “A contratação de mão de obra é iminente e cresce mês a mês. Todos os meses, conforme expandimos nosso plantio, agregamos mais funcionários. Nessa expansão, inicialmente já dobramos a capacidade da indústria de esmagamento de palma e levamos novos equipamentos. As árvores plantadas já começarão a produzir frutos, então temos que estar preparados para que isso ocorra de forma ordenada. Todos esses passos nós programamos e estamos implementando aos poucos”, conta Steagall.