O papel do Óleo de Palma na Transição Energética

7min
Artigos
12 março, 2024
Grupo BBF

transicao energetica

O que é a transição energética? Quais são os impulsionadores que contribuem para acelerar esse processo? Qual papel o óleo de palma desempenha na transição energética?
Neste artigo, exploramos o impacto da cultura da palma na transição energética, destacando como o óleo de palma se torna uma alternativa promissora na substituição de combustíveis tradicionais.

De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), uma estratégia robusta de eficiência energética, combinada com o aumento das energias renováveis para substituir os combustíveis fósseis, representa o caminho mais realista para reduzir as emissões de gases de efeito estufa pela metade até 2030.

O que é transição energética?

Em meio ao crescente desafio do aquecimento global, dados do IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change – indicam um aumento significativo na temperatura do planeta. Este fenômeno, impulsionado principalmente pelas emissões de gases de efeito estufa, resulta em consequências graves, incluindo “aumentos nas temperaturas terrestres e oceânicas, bem como ondas de calor mais frequentes na maioria das regiões terrestres. Há também que o aquecimento global resultou num aumento na frequência e duração das ondas de calor marinhas. Além disso, existem provas substanciais de que o aquecimento global induzido pelo homem levou a um aumento na frequência, intensidade e/ou quantidade de eventos de precipitação intensa à escala global, bem como a um risco aumentado de seca no Mediterrâneo.” (fonte: IPCC https://www.ipcc.ch/sr15/chapter/chapter-3/)

Nesse contexto, para alcançar esse objetivo, é necessário transformar a matriz energética. A transição energética consiste em mudar o atual sistema de energia, predominantemente baseado em fontes de combustíveis fósseis, para um modelo mais sustentável e renovável, caracterizado por baixas ou zero emissões de carbono. Através da transição energética, buscamos reduzir a dependência de recursos não renováveis, mitigar os impactos ambientais e promover fontes de energia mais limpas e eficientes, visando um futuro sustentável.

Nessa transição, os óleos vegetais desempenham um papel relevante como uma alternativa promissora para substituir combustíveis fósseis por biocombustíveis. Óleos como os de palma e soja são utilizados na geração de energia, contribuindo para diminuir a dependência de petroquímicos e mitigar as emissões de gases de efeito estufa, promovendo a sustentabilidade no setor energético a longo prazo.

Óleo de Palma na Produção de Biocombustíveis

óleo de palma - laboratório

O óleo de palma se destaca como uma fonte altamente eficiente para produção de biocombustíveis, oferecendo uma solução sustentável. Sua produção com baixa pegada de carbono o posicionam como potencial alternativa na produção de biodiesel, substituindo o diesel fóssil para impulsionar motores e maquinários de maneira mais ecológica. Além disso, sua versatilidade permite sua utilização em motores existentes sem necessidade de modificações, sendo uma opção prática e amigável ao meio ambiente.

Diante do enorme potencial do óleo de palma para a produção de biocombustíveis, o Brasil já está colocando inovações em prática. O mercado de aviação, ainda carente de soluções renováveis, deve ser o próximo beneficiado com o combustível produzido a partir do dendê.

Protagonista na agenda nacional dos biocombustíveis avançados, o Grupo BBF iniciará a produção do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e do Diesel Verde (RD) a partir de 2026. A matéria-prima para esses novos biocombustíveis será o óleo de palma cultivado pela companhia na região Amazônica. O refino será feito na primeira biorrefinaria do país a produzir os inéditos biocombustíveis em escala industrial, com previsão de inauguração em 2026. Devem ser investidos mais de R$ 2,2 bilhões na nova planta, que terá capacidade para produzir cerca de 500 milhões de litros anualmente dos inéditos biocombustíveis SAF e Diesel Verde.

Vale ressaltar ainda que, o óleo de palma se destaca como principal matéria-prima para produção do SAF e Diesel Verde por sua cadeia química – idêntica à dos combustíveis fósseis na cadeia de carbono C16 e C18 – e pela alta eficiência na produção de óleo.

Geração de Energia Elétrica

O óleo de palma também é uma matéria-prima eficiente para a geração de energia elétrica limpa. O Grupo BBF, por exemplo, possui 25 usinas termelétricas em operação na região amazônica, que utilizam biocombustíveis (biodiesel e óleo vegetal) e biomassa oriunda da palma de óleo, atendendo mais de 140 mil moradores da região norte do Brasil. As usinas retiram mais de 98 milhões de litros de diesel fóssil por ano e reduzem a emissão de cerca de 250 mil toneladas de carbono equivalente da atmosfera amazônica. Impulsionando a eficiência energética e contribuindo para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

Biotecnologia impulsionando a transição energética

Insumos renováveis a partir do óleo de palma e do óleo de palmiste também visam substituir o uso de petroquímicos nos setores agrícola, cosmético, alimentício, de limpeza e farmacêutico. Essa alternativa oferece uma solução mais ecológica e contribui para a redução da pegada ambiental.

O óleo de palma é valorizado por suas propriedades benéficas para a pele e cabelo, sendo uma matéria-prima versátil e eficaz. Sua utilização proporciona produtos de alta qualidade, reforçando a responsabilidade ambiental das empresas. Ao adotar insumos sustentáveis provenientes da biotecnologia, como os produzidos pela unidade de biotecnologia do Grupo BBF (BBF BioTech), que utiliza óleos vegetais como o óleo de palma e o óleo de palmiste cultivados de forma sustentável na região Amazônica, a indústria cosmética contribui diretamente para impulsionar a transição energética eliminando produtos petroquímicos de suas formulações.

Sustentabilidade

pre-sal verde grupo bbf

A produção responsável do óleo de palma é crucial para garantir a floresta em pé e manter sua posição como o óleo mais consumido no mundo. Escolher produtos renováveis, que seguem práticas agrícolas sustentáveis, impulsiona a transição para fontes de energia mais limpas.

Hoje, por meio de cultivo sustentável da palma, o Grupo BBF cultiva mais de 75 mil hectares de palma no estado do Pará e Roraima, recuperando áreas de floresta que foram degradadas no passado, além de capturar mais de 800 mil toneladas de carbono na floresta amazônica com o seu plantio.

O Brasil, porém, tem grande oportunidade de cultivar a palma de forma sustentável, em cerca de 31 milhões de hectares de áreas degradadas na região amazônica, segundo robusto trabalho realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A legislação brasileira para o cultivo da palma, estabelecido pelo Decreto 7.172 em 2010, pelo Governo Federal, é considerada a mais rígida do mundo neste setor, pois permite o cultivo da palma apenas em áreas que foram antropizadas na região amazônica até dezembro de 2007.

A produção brasileira de óleo de palma é ambientalmente e socialmente sustentável. Há 15 anos, o Grupo BBF oferece soluções para substituir combustíveis fósseis, atuando em toda cadeia produtiva para garantir a eficiência das soluções propostas e contribuir para um futuro mais limpo e sustentável.

Saiba mais sobre a nossa atuação, do cultivo da palma à geração de energia elétrica acessando: Nosso Negócios.

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